Todos atletas gostam de treinar nas condições que apresentam o melhor desempenho. É muito raro encontrar atletas que gostem de treinar contra o vento, ou que não tem o perfil de escalador e adora treinar subidas, enfim todo nós evitamos nossos prontos fracos, e para contribuir com essa idéia, no ciclismo existem a especialidades, ligada a característica de cada atleta. Há os especializados em contra relógio, os escaladores, os passistas e os velocistas, cada qual com suas características. Como muitos sabem, o ciclista para ser um escalador, ou um sprinter, além de muito treino precisa ter o dom, ou seja, precisa ter qualidades genéticas pré-dispostas para isso, mesmo assim, tanto o escalador quanto o sprinter, necessitam passar por todos pontos de uma corrida, plano, subidas, vento, etc. Portanto mesmo tendo um ponto muito forte, seja no sprint final, seja nas montanhas, as suas outras características não podem ser esquecidas. O escalador precisa andar bem no plano para chegar bem nas montanhas e lá fazer a diferença, da mesma forma que o sprintista precisa chegar com o pelotão principal para poder vencer a prova. Resumindo, mesmo com alguma qualidade que faz a diferença, não podemos deixar os outros pontos de lado, pois estes podem limitar muito o rendimento.
Na minha vida como treinador já presenciei alguns atletas que possuíam pontos fortes e pontos fracos, citando um deles, que é uma promessa do nosso MTB, atual atleta da categoria Junior, campeão do Iron Biker 2007, Brasileiro de XCM, entre outras tantas conquistas, a grande maioria dentro de provas de resistência. Já em provas mais curtas, o desempenho não era tão grande, nesse caso, o que devemos fazer?Como as características deste atleta o privilegia nas provas de maratonas, essa parte não deve ser esquecida, mais no inicio do ano onde se concentra a grande parte das provas de MTB XC olímpico, provas de menor duração, realizo um trabalho voltado para provas mais curtas, englobando mais treinos de tiro, de técnica de pilotagem e pedalada, e também os famosos contra-relógio (treinos relativamente curtos, porém com intensidade elevada). Nesse ano que passou, utilizando essa estratégia, obtivemos bons resultados e esperamos melhorar ainda mais no ano que vem. O nome deste atleta é Bruno Martins, espero que todos ainda ousam muito este nome.
Depois deste exemplo como podemos organizar o treinamento com base nos pontos fracos?
1-O primeiro passo é identificar os pontos fracos, isso pode ser realizado de diversas formas:
A)testes laboratoriais, como o ergoespirométrico, que pode identificar se a limitação do esforço ocorre devido à fadiga cardiovascular, ou se a limitação é o condicionamento muscular;
B) teste de campo ou análise ambiental durante treinos e provas também podem ser utilizados, por ex. a algum tempo identifiquei que um amigo, que costumávamos pedalar juntos, tinha muitos problemas em realizar curvas fechadas durante provas de ciclismo. Depois de identificado o problema, fizemos um treinamento voltado para sanar essa deficiência, e ele passou a ir bem melhor, inclusive a terminar um maior número de provas depois disso.
2-identificado o problema, é a hora de treinar, de forma que a limitação possa ser superada. A seguir vou mostrar algumas formas de melhorar o desempenho em algumas capacidades:
B) teste de campo ou análise ambiental durante treinos e provas também podem ser utilizados, por ex. a algum tempo identifiquei que um amigo, que costumávamos pedalar juntos, tinha muitos problemas em realizar curvas fechadas durante provas de ciclismo. Depois de identificado o problema, fizemos um treinamento voltado para sanar essa deficiência, e ele passou a ir bem melhor, inclusive a terminar um maior número de provas depois disso.
2-identificado o problema, é a hora de treinar, de forma que a limitação possa ser superada. A seguir vou mostrar algumas formas de melhorar o desempenho em algumas capacidades:
A) Depois de realizar um teste ergoespirométrico no qual o sujeito do teste relatou extremo cansaço cardiovascular, procure realizar mais treinos, de intensidade moderada, 70-90% da FC máxima, entre 1h e 1h30`. Caso o motivo da interrupção do teste for devido à falta de força muscular, é hora de pensar em treinar fortalecimento muscular, e dependendo do período da temporada, a musculação é muito indicada.
B) No meio de um treino onde o relevo é muitíssimo sinuoso, o ciclista parece não render mais depois de pouco tempo de treino, mesmo estando acostumado a realizar treinos muito mais demorados em relevo mais plano. O motivo dessa fadiga antecipada pode ser a falta de glicogênio muscular, pois em subidas fortes a cadência diminui, e algumas teorias dizem que em cadência mais baixas a uma mesma carga, a quantidade de fibras de contração rápida aumenta, e como essas fibras utilizam como principal substrato energético o glicogênio muscular a fadiga é mais rápida. Outra forma de treinar para aumentar essa quantidade de glicogênio é realizar também exercícios específicos musculares e treinos de tiro com a bike, próximos ou um pouco acima do 2 limiar ventilatório (tá certo isso?), que de preferência devem ser realizados em subidas.
C) Em provas de triatlo, alem do desempenho na água, sobre a bike e na corrida, devemos os atentar para a transição. Muitos se esquecem dela, mas ela é tão importante quanto treinar qualquer outro momento, e se ganha segundos preciosos com uma transição bem feita. Caso for diagnosticado que a sua transição demora mais do que o normal, procure treiná-la e assim ganhar esses segundos preciosos.
D) No MTB, existe a famosa frase, “ você desce bem?” , quem também pode ser aplicado no ciclismo, inclusive no exemplo que dei acima. Treinar técnicas de pilotagem é algo esquecido tanto pelo ciclistas de estrada e MTB, quanto pelos triatletas, porem é muito importante ter controle total da bike, e assim evitar acidentes. Além de proporcionar melhor desempenho, treinar em circuitos sinuosos, simulando competição e disputa de posições com amigos, entre outras atividades vão sem dúvidas deixar o ciclista bem mais rápido.
E) Para terminar, pois já falei muito, o sprint. Você é daqueles que só de pensar em dar uma explosão máxima já fica para trás? Pois bem, precisamos cuidar de um dos momentos mais belos do ciclismo, para isso é indicado avaliar por qual distância e tempo você consegue dar um tiro muito explosivo sem diminuir o ritmo. Depois disso, o parâmetro para um ataque está criado, evitando erros e ataques, ou tardios ou antecipados demais, e realizar tiros com a intensidade máxima, a duração do seu sprint ajudará a aumentar esse tempo cada vez mais. Procure realizar entre 8 e 13 tiros, lembrando de se aquecer bem antes disso.
B) No meio de um treino onde o relevo é muitíssimo sinuoso, o ciclista parece não render mais depois de pouco tempo de treino, mesmo estando acostumado a realizar treinos muito mais demorados em relevo mais plano. O motivo dessa fadiga antecipada pode ser a falta de glicogênio muscular, pois em subidas fortes a cadência diminui, e algumas teorias dizem que em cadência mais baixas a uma mesma carga, a quantidade de fibras de contração rápida aumenta, e como essas fibras utilizam como principal substrato energético o glicogênio muscular a fadiga é mais rápida. Outra forma de treinar para aumentar essa quantidade de glicogênio é realizar também exercícios específicos musculares e treinos de tiro com a bike, próximos ou um pouco acima do 2 limiar ventilatório (tá certo isso?), que de preferência devem ser realizados em subidas.
C) Em provas de triatlo, alem do desempenho na água, sobre a bike e na corrida, devemos os atentar para a transição. Muitos se esquecem dela, mas ela é tão importante quanto treinar qualquer outro momento, e se ganha segundos preciosos com uma transição bem feita. Caso for diagnosticado que a sua transição demora mais do que o normal, procure treiná-la e assim ganhar esses segundos preciosos.
D) No MTB, existe a famosa frase, “ você desce bem?” , quem também pode ser aplicado no ciclismo, inclusive no exemplo que dei acima. Treinar técnicas de pilotagem é algo esquecido tanto pelo ciclistas de estrada e MTB, quanto pelos triatletas, porem é muito importante ter controle total da bike, e assim evitar acidentes. Além de proporcionar melhor desempenho, treinar em circuitos sinuosos, simulando competição e disputa de posições com amigos, entre outras atividades vão sem dúvidas deixar o ciclista bem mais rápido.
E) Para terminar, pois já falei muito, o sprint. Você é daqueles que só de pensar em dar uma explosão máxima já fica para trás? Pois bem, precisamos cuidar de um dos momentos mais belos do ciclismo, para isso é indicado avaliar por qual distância e tempo você consegue dar um tiro muito explosivo sem diminuir o ritmo. Depois disso, o parâmetro para um ataque está criado, evitando erros e ataques, ou tardios ou antecipados demais, e realizar tiros com a intensidade máxima, a duração do seu sprint ajudará a aumentar esse tempo cada vez mais. Procure realizar entre 8 e 13 tiros, lembrando de se aquecer bem antes disso.
Acredito que com essas informações seja possível complementar o treinamento, evidenciando pontos de vital importância para o desempenho. Abraços a todos e Bons treinos.
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