Nos últimos tempos, tornou-se comum ouvirmos falar em CORE, músculos do CORE ou mesmo estabilização do CORE.
Mas o que é o CORE e o que isso tem a ver com o ciclista, tanto de competição como o de fim de semana?
O sistema de estabilização central, ou CORE ESTABILIZATION, é constituído por vários tipos de tecidos, entre os quais podemos citar: os ossos e ligamentos, os músculos e tendões e o sistema nervoso. Ele funciona como se fosse um cilindro, envolvendo os músculos abdominais, os paravertebrais e os músculos da região glútea e assoalho pélvico e ainda o diafragma, formando o que Joseph Pilates chamou de Power House, ou casa de força. Estes sistemas todos trabalham em conjunto e, através de sensores nervosos, o corpo sente como está a estabilidade e o equilíbrio de forças nos diversos tecidos e comanda o trabalho de cada grupo muscular.
Desta forma, quando um ciclista pedala num esforço acima de sua capacidade e coloca em risco os tecidos pela falta de estabilidade, estes sensores detectam o problema e analisam a possível ocorrência de lesão, agindo no sentido de diminuir automaticamente a potência muscular evitando lesões nos tecidos moles, como por exemplo, as cartilagens e tendões.
Assim, o ciclista perde potência quando a musculatura não consegue sustentar o controle do CORE, diminuindo sua performance.
O Ciclismo por ser um exercício repetitivo, onde o atleta executa o movimento dos pedais tendo os pés e a pelve fixa exige uma coordenação motora e uma execução de movimento muito precisas, pois diversas pesquisas mostram que a falta de estabilidade coloca a coluna lombar e os membros inferiores, principalmente a região dos joelhos, em risco de lesão.
Sendo assim, tanto em questão de manutenção de performance, como para diminuir os riscos de lesões decorrentes do esforço no ciclismo, é imprescindível buscarmos um fortalecimento inteligente e equilibrado de vários músculos, principalmente da região dos membros inferiores, glúteos, assoalho pélvico, abdominais e costais, afim de que o ciclista possa manter o máximo de eficiência nos movimentos, tanto em altas cadências quanto em momentos de muita força.
Quando estamos pedalando, temos o apoio das mãos, dos glúteos e dos pés em contato com a bike. Porém, todos estes pontos são pontos de aplicação de força e estas forças precisam atuar de forma coordenada e sincronizada durante o exercício, onde os músculos de sustentação e os estabilizadores precisam ter força estática e flexibilidade suficiente para desempenharem sua função com eficiência, liberando assim os músculos do movimento do pedal para que cumpram seu papel com o máximo de capacidade.
Neste ponto, os exercícios de Pilates trazem ao ciclista um benefício muito grande, eliminando aquelas terríveis dores lombares após longos treinos ou longas subidas, facilitando a transferência de força dos braços às pernas na hora de uma arrancada e num sprint, melhorando o posicionamento dos joelhos eliminando desta forma uma série e problemas nos mesmos, como dores patelares e tendinites.
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